quarta-feira, 26 de maio de 2010

Google TV: um futuro não tão distante...

Com o lançamento pela Google de sua plataforma que integra TV e Web, na última semana, muito se tem especulado sobre as suas consequências. Google TV é o serviço que permite aos usuários buscar por websites, assistir vídeos e programas televisivos (e outras coisas que já se faz na web) através de uma TV conectada à internet, que funciona sobre as tecnologias Android e Google Chrome.



A Google percebeu que se o uso do computador é enorme, com 1 bilhão de usuários e dispositivos móveis é ainda maior com os 2 bilhões de usuários, a TV é o meio que verdadeiramente tem um alcance maciço com 4 bilhões de usuários em todo o mundo. Além do maior tempo médio gasto pelas pessoas em frente à TV, claro! A receita com publicidade agradece!

Mais do que isso, "Vídeo deve ser consumido na maior, melhor e mais brilhante tela de sua casa", segundo seu anúncio. Com isso, o usuário gastará menos tempo buscando e mais tempo assistindo, terá conteúdo personalizado e fará da tradicional TV muito mais interessante.



Os parceiros dessa empreitada são de peso: Sony e Logitech viabilizam os dispositivos de acesso (TVs e box com o sistema embutido), Intel entram com processadores otimizados e as empresas de inovação em TI Jinni.com (desenvolve ferramentas para descoberta de conteúdo ao vivo de TV e vídeo sob demanda, recomendação personalizada e social apps) e Rovi.



Porém, para fugir do fracasso da WebTV em transpor diretamente conteúdo voltado para telas do computador para a TV, a Google já tratou de fazer uma série de recomendações aos desenvolvedores de aplicações a serem visualizadas na TV, deve-se:
  • planejar interface simples e de fácil uso;
  • lembrar que assistir TV é uma tarefa coletiva;
  • fazer a ação principal alcançável em um clique;
  • evitar alta saturação e cores muito claras;
  • fazer os elementos GUI levemente maiores;
  • projetar resoluções de 1280x720 e 1920x108;
  • planejar as setas para navegar em todos os itens visiveis e acionáveis da tela;
  • usar fontes legíveis;
  • limitar parágrafos e tamanho de linhas;
  • evitar interrupção de áudio pelas aplicações na TV;
  • Dentre várias outras...

A realidade mesmo só veremos em Outubro, quando está previsto o início das vendas. Mas os avanços são nítidos e promete despertar a briga de outras gigantes que há muito tentam dominar esse mercado.

Enquanto isso, a Google já ligou sua máquina de ganhar dinheiro e logo em breve de turbinar os já conhecidos serviços de publicidade, como o TV Ads.



E, no Brasil, já temos o que especular:

Google TV vai funcionar no Brasil. Mas não como você pensa.

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