quinta-feira, 28 de maio de 2015

Aderir ou não à Greve, eis a questão...



Pois é, não teve jeito! Hoje, se iniciou a greve de servidores de instituições públicas de ensino superior em todo o Brasil.



Nem pretendo discutir sobre o quanto o interrompimento dos trabalhos é prejudicial para milhares de discentes, seria chover no molhado. O ponto de questão aqui é quando a total paralisação de atividades deveria ocorrer? E assim, talvez, ampliar o debate sobre a adesão ao movimento.




Partindo das declarações do ministro da Educação, Renato Janine,  sobre não terem sido esgotados os canais de negociação que justifiquem o momento da greve preciso dizer que são de natureza, no mínimo, canalha. Explico:


  • Ao contrário de alguns comentários bobocas e restritos que representam o livre pensar quanto ao 'oportunismo' de data, é sensato lembrar alguns dos eventos que antecederam;
  • O último aumento da categoria foi arrancado do dado pelo governo em 2012, após extenso calendário de paralisações. À época, os incríveis 15,8% concedidos em três suaves parcelas nos anos seguintes foram obtidos graças à unidade da categoria porém não foi suficiente para repor as perdas dos anos anteriores. Praticamente nenhuma outra pauta foi contemplada no então acordo;
  • Sem resposta à pauta de reivindicações e pelo descumprimento de termos do acordo por parte do governo, não restou outra alternativa aos servidores a não ser mobilizar novos embates que culminaram em greve no ano de 2014;
  • Seguiram-se várias reuniões com os ministérios, sem acordo. A agenda de paralisações que mobilizaram a categoria em todo o Brasil cresceu;
  • A pauta de reivindicações é extensa, mas o principal item da campanha 2015 tira do governo o poder de barganha que leva à recorrência no interrompimento dos serviços: política salarial permanente com instituição da Data-base. Em contraponto, as propostas se resumem ao reajuste de benefícios e, ainda assim, bem abaixo dos mesmos concedidos nos demais poderes.

Enfim, longe de abarcar todos os eventos dessa longa história e menos ainda de incitar ao linchamento moral de figuras públicas, as lutas passadas refletem o desprezo do Estado aos seus próprios atuadores e, portanto, carecem novas estratégias de embate.


De modo a atender minimamente ao interesse coletivo deve ser mantida a essencialidade dos serviço. Por outro lado, as manifestações devem ser publicizadas com ações sincronizadas da base que garantam o sucesso do movimento.









#negociadilma #greve #taes #ifes


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ATUALIZAÇÕES:


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terça-feira, 26 de maio de 2015

Quem enxerga poesia e se alimenta de música nunca se entedia...



Fugiu. Porque não queria morrer.
Vivia. Em tortura por lembrar.
Sorriu. Na ironia de se consumir.
Melhor. Ao infinito pertencer.

Fabiana Nascimento (14/05/2015)