quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O caso Uniban na ótica dos cearenses

Recebido por email...

UMA BURCA PARA GEISEY

Miguezim de Princesa

I
Quando Geisy apareceu
Balançando o mucumbu
Na Faculdade
Uniban,
Foi o maior sururu:
Teve reza e ladainha;
Não sabia que
uma calcinha
Causava tanto r
ebu.

II

Trajava um m ini-vestido,
Arrochado e c
or de rosa;
Perfumada d
e extrato,
Toda ancha e toda prosa,
Pensou que
estava abafa ndo
E ia ter rapaz gritando:
"Arrocha a ta
mpa, gostosa!"

III
Mas Geisy se e
nganou,
O paulista é a
canhado:
Quando vê lance de perna,
Fica logo indig
nado.
Os motivos eu não sei,
Mas pra passea
ta gay
Vai todo mund
o animado!

IV
Ainda na escadaria,
Só se ouvia a
estudantada
Dando urros,
dando gritos,
Colérica e indi
gnada
Como quem va
i para a luta,
Chamando-a de prostituta
E de mulherzi
nha safada.

V

Geisy ficou acuada,
Num canto, triste a chorar,
Procurou um agasalho
Para cobrir o lugar,
Quando um rapaz inocente
Disse: "oh troço mais indecente,
Acho que vou desmaiar!"

VI
A Faculdade Uniban,
Que está em último lugar
Nas provas que o MEC faz,
Quis logo se destacar:
Decidiu no mesmo instante
Expulsar a estudante
Do seu quadro regular.

VII
Totalmente escorraçada,
Sem ter mais onde estudar,
Geisy precisa de ajuda
Para a vida retomar,
Mas na novela das oito
É um tal de molhar biscoito
E ninguém pra reclamar.

VIII
O fato repercutiu
De Paris até Omã.
Soube que Ahmadinejad
Festejou lá no Irã,
Foi uma festa de arromba
Com direito a carro-bomba
Da milícia Talibã.

IX
E o rico Osama Bin Laden,
Agradecendo a Alá,
Nas montanhas cazaquistãs
Onde foi se homiziar
Com uma cigana turca,
Mandou fazer uma burca
Para a brasileira usar.

X
Fica pra Geisy a lição
Desse poeta matuto:
Proteja seu bom guardado
Da cólera dos impolutos,
Guarde bem o tacacá
E só resolva mostrar
A quem gosta do produto.



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Eu queria estar com você...


Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo



Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás



"Seriam 57 anos... Continuo sua saga em busca do Amor."

domingo, 9 de agosto de 2009

Feliz Dia dos Pais...

Pelos grandes momentos e pequenos erros,
Pelas almejadas vitórias e resistência às derrotas,
Pelos dias de sol e noites de chuva,
Obrigada pelos ensinamentos de força, coragem e fé!




Te amo, painho!!!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Digital Gaia - Música - Arte - Cultura

Digital Gaia 15/08/09
João Pessoa-Paraíba-Brasil
Evento de arte, música e cultura alternativa voltada para a consciência humana e ambiental.

LINE UP

Live acts
Zaraus (one foot groove)-Portugal
www.myspace.com/zaraus
L.F.O (Sounds of pipa)-Brasil
www.myspace.com/lfomusiclive

Dj's set:

Anestetic (Timecode Recs) - Portugal
www.myspace.com/anesteticdj
Rodrigo C.P.U. (peak rec.) - Pr
www.myspace.com/djrodrigocpu
Xcamas (soononmoom)- Ba
Pateta (vagalume rec./Roots)- Pe
Çarunga(Roots/Pirata/s a)- Pe
Madjey (Element trance) - Pb
Specktro (O-zone)- Pb
Dany Andrade - (agencia rec) -Al
Muribi vs Gordan (Element Trance)- Pb
Eco (Element trance)- Pb
Werneck (o-zone)- Pb
Vishnu - (save gaia)-Rn
Fael Lemos- Pb
Vj's
xcamas
Pelo seco
nill house
+

Chill out área, área de camping, zona de relaxamento e massagens, Praça de alimentação, Feira MIX, redução de danos, U.T.I. móvel, transporte anternativo e muita natureza

Comunidade orkut

Putz! Eu nem queria ir, mas...


HORÁRIOS DO LINE UP

***PISTA PRINCIPAL***

14:00-15:30-SPECKTRO
15:30-17:00-ÇARUNGA
17:00-18:30-MADJEY
18:30-20:00-VISHNU
20:00-21:30-ANESTETIC
21:30-23:00-ECO
23:00-00:30-RODRIGO CPU
00:30-02:00-XCAMAS
02:00-03:00-ZARAUS-(LIVE)
03:00-04:30-PATETA
04:30-05:30-L.F.O.-(LIVE)
05:30-07:00-MURIBI VS GORDAN


***PISTA ALTERNATIVA***

12:00-18:30-jam sessiom chillout
18:30-20:00-MADJEY
20:00-22:00-JEAN
22:00-00:00-FAEL LEMOS
00:00-02:00-DANY ANDRADE
02:00-04:00-WERNECK
04:00-06:00-ECO

***NOVAS ATRAÇÕES NA PISTA ALTERNATIVA***

RICO-CHILLOUT-(DIGITAL GAIA-INGLATERRA)
DAVID-CHILLOUT AND DUB -(DIGITAL GAIA -INGLATERRA)



quarta-feira, 29 de julho de 2009

É tempo de mentes sem fronteiras

Campanha fantástica de dia dos pais da TIM:



Simplesmente perfeita!

É tempo de mentes sem fronteiras...

domingo, 5 de julho de 2009

Despedida ao Rei do Pop


Passados 10 dias da morte de Michael Jackson e ainda são muitas as manifestações de fãs por toda a parte do mundo. Uma breve biografia talvez faça entender um pouco:

"O cantor Michael Jackson começou sua carreira musical há mais de quatro décadas, em 1962, no grupo Jackson´s Five, ao lado dos quatro irmãos. Nascido em 1958 na cidade de Gary, no estado americano de Indiana, ele tinha apenas cinco anos quando despontou para o estrelato ao lado de Jackie, Jermaine, Tito, Marlon. Michael começou a cantar sozinho em 1970, ainda durante as apresentações do Jackson´s Five.

O auge de sua carreira ocorreu em 1982, com o lançamento do álbum Thriller, o mais vendido da História, com 41 milhões de cópias. Foi um cantor dominante no cenário musical dos anos 80 em todo o mundo e se destacava por suas complexas técnicas de dança, como o robot e o moonwalk.

Após este período, no entanto, teve início sua queda, influenciada por questões pessoais, como a mudança na cor de pele por causa do vitiligo, doença que clareou sua pele, e cirurgias plásticas que mudaram as feições de seu rosto. Nos anos 90, foi acusado de abuso de criança, mas a investigação acabou sendo arquivada.

Após anos de reclusão, Michael Jackson ia voltar aos palcos em julho, com uma turnê em Londres que seguiria até março do próximo ano. A ideia é que sua retomada da carreira pudesse ajudar o cantor a enfrentar os problemas financeiros que enfrentava nos últimos anos." Fonte: OGlobo


Apesar de não ser super fã de MJ, muitos de seus hits marcaram fases da minha vida. Dentre os mesmos destaco os três:











As polêmicas de sua vida se estenderam pelos motivos de sua morte e ainda pela revelação de um testamento que deixou claro seus rancores e afinidades em vida.

Em meio a tudo isso o seu funeral está agendado para a próxima terça-feira (07/07) com direito a sorteio de ingressos, caixão de luxo e todos os serviços fúnebres a que uma celebridade tem direito. Apenas o seu desejo de ser enterrado em Neverland e tornar o local uma excelente fonte de renda para seus herdeiros não será atendido.

Segue o texto da página do serviço de memorial em tradução livre do Google. Clique para conseguir ingresso grátis para funeral de Michael Jackson.

"
Michael Jackson Memorial Serviço Público
Terça-feira, 7 de julho de 2009, 10:00
Staples Center, Los Angeles, Califórnia


O Michael Jackson Memorial Serviço Público terá lugar na terça-feira, 7 de julho de 2009 às 10:00 am no Staples Center no centro de L
os Angeles, Califórnia e simultâneas dentro para Nokia Theatre LA LIVE do outro lado da rua. Um número limitado de bilhetes gratuitos para ambos os locais serão disponibilizados para os fãs de Michael Jackson a participar.

Devido à grande procura esperada, os seguintes procedimentos foram definidos para acomodar registo para os bilhetes. Observe que, através do registo de bilhetes para assistir à Memorial Serviço Público, ele não garante o registando bilhetes.


A possibilidade de registo de ingressos começa às 10:00 Hora do Pacífico, na sexta-feira, 3 de julho de 2009 e termina às 6:00 Hora do Pacífico no sábado, 4 de julho de 2009.

Insira as informações abaixo para a sua chance de receber dois bilhetes, que serão distribuídos aleatoriamente por qualquer Staples Center ou Nokia Theatre LA LIVE assistir ao Michael Jackson Memorial Serviço Público. Apenas uma entrada por pessoa será aceite. Registrando a assistir às Memorial Serviço Público não é uma garantia de bilhetes. Dois bilhetes serão emitidos a cada participante selecionado aleatoriamente.

NOTA: O asterisco (*) indica a informação é necessária.
* E-mail:

* Nome:
* Último Nome:
* CEP:

* Sua Data de Nascimento:

"

Enfim, deixando de lado toda a bajulação descarada da mídia em busca de audiência, e reconhecendo a vida atormentada de um dos maiores astros musicais da história, sinto muita pena pela sua morte precoce e desejo de coração que, finalmente, o mesmo descanse em paz!

˜29/08/1958 - 25/06/2009

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Porto de Cabedelo: vamos gritar por um Calado! Calados????

Bom, mais uma vez aqui em minhas divagações sobre os fatos que ocorrem por aí me deparei, nos últimos dias, com a notícia de que estão sendo iniciadas licitações para dragagem do Porto de Cabedelo, "o porto mais oriental das américas" (pegando carona no slogan da cidade de João Pessoa, a qual pertence a região metropolitana).

Essa é mais uma das inúmeras obras do setor portuário brasileiro incentivadas pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal) através do Programa Nacional de Dragagem.

A obra consiste de ações de desassoreamento e derrocamento. Segundo o deputado Leonardo Gadelha (PSB): "O leito do rio será dragado, aumentando a profundidade, e também serão retiradas rochas, ampliando consideravelmente o calado do porto". Primeiramente, corrigindo o deputado, com todo o respeito, o Calado consiste na designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação, medindo verticalmente a partir de um ponto na superfície externa da quilha. Ou seja, não é um conceito referente ao Porto mas sim aos navios. O que será feito é o aprofundamento dos berços e do canal de acesso ao cais permitindo que sejam recebidos navios de médio a grande porte, que possuem calado de até 11 metros, numa primeira etapa, chegando aos seus 15 metros em futuras expansões.

As vantagens resultantes de tal obra são claras:

- autonomia econômica da Paraíba em relação a outros portos nordestinos de maior porte;
- assessoramento progressivo;
- aumento do porte e dimensão dos navios;
- segurança da navegação;
- crescimento da competitividade para o atracamento de embarcações;
- geração de emprego e renda;
- redução de custos em serviços e produtos distribuídos na região;

Até aí tudo bem: geração de empregos, guinada na arrecadação do estado, segurança e melhoria em obras públicas são algumas das promessas decorrentes de uma obra tão próspera!!!

Por outro lado, no caso da dragagem do Porto de Cabedelo, as consequências não estão sendo bem analisadas. Diferentemente de outros locais em que são feitos estudos de impacto ambiental por anos antes da obra além de diversas audiências públicas, na Paraíba isso não ocorreu (ou se ocorreu, foi na surdina, na "calada" da noite!):

- As obras do Porto de Santos, programadas para iniciar em Janeiro deste ano, seguiu o processo de licenciamento ambiental com a apresentação de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da Dragagem de Aprofundamento do Canal de Navegação;

- Da mesma forma, ocorreu para diversos outros portos do Brasil, tais como: Porto de Itaguaí-RJ, Porto de Salvador-BA, Porto de Rio Grande-RS, entre outras.

O que me preocupa é que venhamos enfrentar problemas ambientais de enorme gravidade como os nossos vizinhos pernambucanos que passaram a enfrentar corriqueiros ataques de tubarão e prejuízo à pesca artesanal com a construção e posteriores dragagens dos portos de Recife e Suape. Em uma pesquisa intensiva conduzida pelo Departamento de Pesca da Universidade Federal Ruralde Pernambuco (UFRPE) sobre os tubarões na área, destaca-se:

(...)os resultados das pesquisas foram avaliados, tendo sido considerados os seguintes fatores como prováveis responsáveis pelo aumento no número de ataques:

a) Elevação do número de surfistas e banhistas na região.
b) A presença de pesca de arrasto de camarão, com rejeito, próximo às praias da área afetada.
c) A topografia submarina da região, caracterizada por um canal adjacente à praia.
d) Mudanças climáticas que têm influenciado os regimes de vento e precipitação nos anos recentes (ventos do sul mais fortes e muito menos chuva, durante o período dos ataques, particularmente em 1994).

E, por fim, o principal fator:

e) A construção do Porto de Suape ao sul de Recife, resultando em um grave impacto ambiental e um acentuado aumento no tráfego marítimo.

(...)

E acrescenta:

(...)
Os tubarões reconhecidamente costumam seguir grandes embarcações e navios, atraídos pelos restos de alimento e dejetos lançados por estes ao mar ou mesmo pelo som emitido pelo motor e pela hélice (Schultz, 1975; Baldridge, 1974). Esse comportamento explica em parte a rapidez e ferocidade com que costumam ocorrer os ataques de tubarão em casos de naufrágio ou a cetáceos arpoados (Costeau e Costeau, 1970). (...)

Notícias mais recentes mostraram que a draga (de lama) do Porto do Recife está atrapalhando os pescadores ao despejar resíduos e lixo próximo ao litoral.

Enfim, é imprescindível a realização de ações como essa para o desenvolvimento econômico e social como atuação do papel do Estado. No entanto, é fundamental que decisões dessa natureza sejam alinhadas com o que se denomina hoje de Responsabilidade Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. O litoral paraibano é, ainda hoje, uma das costas mais bonitas e naturalmente protegida (por formações rochosas e barreiras de corais) do Brasil. Preservá-lo não é algo mais interessante a se fazer, mas necessário!!!


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Festas Juninas: forró, quadrilha, fogueira, comida de milho, quentão, fogos....

"Vôti, iapoi", chegamos (rapidamente) ao mês de junho, e com ele vêem as festas juninas, manifestação mais típica e tradicional do meu querido nordeste brasileiro.

As festas religiosas do casamenteiro Santo Antônio(13), e dos que trazem chuva São João(24) e São Pedro(28) resgatam a devoção do sertanejo que aproveita as festividades para fazer mandinga e agradecer as chuvas que regam as lavouras.

"Meu povo não vá simbora/ Pela Itapemirim/ Pois mesmo perto do fim/ Nosso sertão tem melhora."

Em razão da boa época para a colheita do milho, as delícias feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha. As festas são celebradas ainda com decoração de lindas bandeirolas coloridas; com o calor das enormes fogueiras; com as danças e brincandeiras (quadrilhas com casamento matuto e cheio de amalamanhado, pau de sebo, pescaria, ...); regadas a quentão e outras bebidas à base de meiota; e, é claro, ao som de muito forró, ou arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó... arretado demais, abestado!!!

Lembro-me, nostálgica, da minha infância na casa de voinha em que tios, tias, primos e mais uma ruma de parentes em vários graus se reuniam dias antes da festa máxima de São João, cada um com seus afazeres: cortar madeira pra fogueira, descascar milho sem rasgar a palha, ralar (muito) côco, mexer tacho, enfeitar de bandeirinhas, convidar zabumbeiro e cia... enfim, um zumzumzum danado pra realizar a festança. Essa tradição familiar foi se perdendo com o tempo (infelizmente!). E dando espaço para as festas gigantes, com palcos e bandas, apresentações de centenas de quadrilhas, grandes "feiras" de artigos e comidas que fazem parte do cotidiano nordestino. Hoje, as festas juninas movimentam a economia da região.

Durante os anos em que morei em Campina Grande/PB faziamos bolão pra ver quem conseguia estar mais presente durante os 30 dias de forró do Parque do Povo. A palhoça do Zé Lagoa tinha rala-buxo de segunda a segunda:

Eu fui feliz, lá no Bodocongó,
Com meu barquinho, de um remo só,
Quando era lua, com meu bem, remava atoa,
Ai, ai, ai, que vida boa,
Lá no meu Bodocongó.

Bodó, bodó, bodó, bodó, congó,
Meus canário verde, ai meus curió,
Bodó, bodó, bodó, bodó, congó,
Minha Campina Grande, eu vivo aqui tão só !

Bodocongó,
Eu vivo aqui tão só !...
Eu vivo aqui tão só !...
Bodocongó.
(Bodocongó, Luiz Gonzaga)

Entitulado como O Maior São João do Mundo, Campina Grande continua sendo o destino principal de um "magote" de turistas que buscam conhecer um pouco dessa lambança. Lá tem trem do forró, tem a pirâmide, tem cidade cenográfica, centenas de atrações espalhadas entre palco principal e seus palhoções... é o pipôco!


Esse ano eu queria poder conhecer muitos outros locais dessa festa, mas acho que não vou poder ir pra nenhum porque tô atolada de coisa pra estudar... ô bizonhice! Mas ainda vou tentar dar uma escapulida pra um desses destinos:

>>> Caruaru/PE
>>> Bananeiras/PB
>>> Solânea/PB
>>> Patos/PB
>>> Aracaju/SE
>>> Recife/PE

Mesmo que num dê jeito pra eu viajar, ainda vai rolar o São João - o Melhor da Gente aqui em Jampa mesmo, então não tem escapatória...
Aproveite e escolha também o seu! As programações e atrações de cada local tão porreta demais!!! Meu Bravo e eu vamos estar na mundiça ao som de Gonzagão:

O candeeiro se apagou
O sanfoneiro cochilou
A sanfona não parou
E o forró continuou

Meu amor não vá simbora
Não vá simbora
Fique mais um bucadinho
Um bucadinho
Se você for seu nego chora
Seu nego chora
Vamos dançar mais um tiquinho
Mais um tiquinho
Quando eu entro numa farra
Num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra
E pegar o sol com a mão

E Viva São João!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sequestro de deputados :D


Não mediremos esforços!!!!!
O PCC, facção do crime organizado de São Paulo, seqüestrou ontem, aqui em
Brasília, os 24 deputados da Câmara Legislativa do DF.
E agora estão solicitando US$ 1.000.000,00 para sua libertação.

Se não for cumprido em 24 horas, vão banhá-los com combustível e os queimarão vivos.
Estamos organizando uma coleta e necessitamos da sua ajuda !

Veja o que conseguimos até agora:
- 680 litros de Gasolina Aditivada
- 420 litros de gasolina Premium
- 225 litros de diesel
- 275 de gasolina convencional
- 108 litros de Biodisel
- 48 caixas de fósforos
- 10 lança chamas
- 31 isqueiros e...
- 208 sacos de carvão
Não mandem álcool, pois há o risco do mesmo ser consumido pelos deputados.
Aceita-se também botijão de gás.
Se você apagar essa mensagem, é porque não tem coração...
Por favor, leia e ajude .
BRASÍLIA PRECISA DE VOCÊ!!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Uma homenagem do meu maninho do coração...

Recebi esse poema hoje do meu irmãozinho e fiquei toda derretida!!! Mais: fiquei surpresa com a sensibilidade que ele tem para a coisa e de como eu não sabia desse incrível talento...

Realmente, meu fofinho é uma caixa de surpresas...

Muitíssimo obrigada, maninho!!! Te amo muitão!

>>>>

Especial

não sou nenhum escritor nem literário
não sou ator, não sou cantor
onde ser chamado de poeta
ou ainda compositor?

contudo não me entristeço
pois me alegro por descobrir
que as palavras mais belas e bonitas
podem sim vir de mim

é muito raro, e pouco praticado de minha parte
mas vontade não me falta
de dizer tudo que sinto,
mesmo correndo tanto e pouco me expessando

nesse momento paro,
e de coração declaro,
o que seria de mim
sem ti minha maninha

dificilmente lhe agrado,
penso as vezes o quanto sou ingrato
pois carinho só em pensamento
não é muito engraçado

espero um dia poder,
tanto minha alma como minha mente amolecer,
e nada mais ficar guardado nem escondido,
todo amor e ternura ser distribuido,

nunca esqueça
que no dia a dia sou irmão
no perigo sou amigo
e no infinito um abrigo

te amo
te admiro
te lembro
como é bom você ter nascido!


bjão do seu irmão

Fábio F.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mulheres Possíveis

Mulheres Possíveis

(Texto na Revista do Jornal O Globo)

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias.

Cinco dias!

Tempo para uma massagem.

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um trabalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.

Para engravidar.

Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante' .

Martha Medeiros - Jornalista e escritora

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Confissões escabrosas?! Fogo ateado contra o próprio carro do MST? ... hum... Caraminholas caraminho...

Email recebido hoje sobre fatos de desapropriação do MST na Paraíba:


Sem Terra permanecem presos e conflitos intensificam na Paraíba

Na tarde de hoje (05/05), os dois Trabalhadores Rurais Sem Terra presos e torturados durante despejo ilegal ocorrido na madrugada do último sábado, foram transferidos para o Presídio Monte Santo em Campina Grande. A juíza Adriana Maranhão Silva, do Fórum de Poçinhos, decretou a prisão preventiva dos trabalhadores.

Na segunda-feira, os advogados do MST solicitaram a Juíza Adriana Maranhão a liberdade provisória dos Sem Terra, mas até o momento ela e nem a promotora da cidade se pronunciaram sobre o pedido.Agora os advogados estão entrando com o pedido de habes corpus.

As 150 famílias acampadas em frente à delegacia de Poçinhos, seguiram em marcha, no inicio da tarde de hoje, para a praça central da cidade. Policiais armados realizam constantes ameaças e intimidações aos Sem Terra mobilizados.

Em entrevista a imprensa o secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Gustavo Ferraz Gominho, declarou que o despejo foi realizado dentro da legalidade e a PM “nada fez além de cumprir o seu dever”. Mas questionamos qual legalidade é está, que realiza despejo as três da madrugada do sábado, sem autorização judicial e realizando tortura sobre os trabalhadores que lutam por um pedaço de terra, no qual a mando da proprietária fogo é colocado sobre os barracos e tiros são lançados sobre a famílias. Será dever da PM torturar e violentar trabalhadores?

A Fazenda Cabeça de Boi, já foi declarada para fins de Reforma Agrária através do decreto presidencial de 4 de dezembro de 2008. Diferente do alegado pela proprietária, a fazenda não é reserva ambiental e segundo vistoria do Incra é totalmente improdutiva.

Esclarecimentos sobre os fatos ocorridos na madrugada de sábado (02/05)

1 - Na sexta-feira (01/05) 60 famílias ocuparam a Fazenda Cabeça de Boi no município de Poçinhos, área com 700 hectares improdutivos e de propriedade de Maria do Rosário Rocha. Essa propriedade já foi declarada apta para a desapropriação, mas a proprietária não aceita o valor da indenização.

2 - No momento em que as famílias estavam montando os barracos, pistoleiros e possíveis policiais sem farda começaram a rondar o acampamento e lançar tiro contra as famílias. Nesse momento o carro Fiat Palio, ano 2003, que servia de apoio ao movimento foi queimado pelos pistoleiros. Diferente do publicado pela imprensa, o carro não foi incendiado pelos acampados, mas pelos pistoleiros. O fogo colocado pelos pistoleiros feriu varias pessoas que estavam construindo seus barracos.

3 – Por volta das 3 horas da madrugada do sábado, a polícia militar fardada, sob o comando do Tenente Jonat Midore Ysak, cerca o acampamento e exige que os Sem Terra desocupem a propriedade. Além de o horário ser indevido para a realização de despejo, os policiais não levou mandado de reintegração de posse, assim sendo um despejo ilegal e sem autorização judicial.

4 - Durante o despejo das famílias, sete acampados são presos e levados para uma casa onde são violentados. Dentro dessa casa, querosene é colocado sob os sete Sem Terra, um deles encontrasse com uma queimadura de terceiro grau no braço.

5 - Depois os trabalhadores presos são levados para a delegacia de Poçinhos, onde dois ainda permanecem presos e cinco foram liberados após muitas agressões. No sábado por volta das 22 horas, os dois presos realizaram corpo de delito apresentando varias marcas no corpo, um deles apresenta fratura na costela. Os outros cinco irão fazer corpo de delito nessa segunda-feira, eles apresentam vários indícios de agressões físicas.

6 - Cinco Sem Terra ainda encontram-se desaparecidos.

Os conflitos no campo intensificaram nesse ano de 2009, onde varias ações de pistoleiros contratados pelos fazendeiros vem ameaçando as famílias Sem Terra que vivem embaixo da lona preta lutando por um pedaço de terra para produzir alimentos.

Movimento dos Sem Terra – MST/PB

Contato: Paulo Sergio (83) 9158 8821 – Coordenação do MST

______________________________
___

Neto Barbosa
Setor de Comunicação do MST/PB
Email: netopb@mst.org.br
Fone: (83)91354356


REFORMA AGRÁRIA: POR JUSTIÇA SOCIAL E SOBERANIA POPULAR!


Leia o que saiu na mídia:

Correio da Paraíba
O Norte
WSCOM
Paraiba1

segunda-feira, 20 de abril de 2009

É hora de dar um basta à bandalheira dos parlamentares!!!

Email recebido (Para rememorar e não cair no esquecimento):

"
HERANÇA DO DEPUTADO CLODOVIL HERNANDES


Clodovil é uma figura inegavelmente polêmica. Mas tinha idéias e coragem, além das suas contradições, tão humanas. Inteligente, com um senso crítico aguçado, ele dizia o que os outros apenas pensavam...

Em Julho de 2008 o deputado Clodovil Hernandes apresentou à Mesa da Câmara proposta de emenda à Constituição (PEC) para reduzir o número de deputados de 513 para 250. O projeto teve o apoio de 279 parlamentares (eram necessários 172 votos para que fosse apresentado). Não passou, por interesses óbvios. De novo é o gato tomando conta do peixe.
Pelo projeto, nenhuma Unidade da Federação poderá ter menos de 4 deputados nem mais de 35. Hoje, a menor representação tem 8 e a maior, 70. Se a PEC passar, haverá corte de 263 deputados e redução de gastos, só em despesas com os parlamentares, de R$ 26,3 milhões por mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Vamos divulgar e apoiar? A idéia é ótima!!!!
Fui pesquisar o custo de cada parlamentar brasileiro, e de acordo com a ONG Transparência Brasil o custo de cada deputado é de R$ 6,6 milhões por ano! E o custo de cada senador é de R$ 33,1 milhões por ano. (ver anexo)

Se a emenda Clodovil passasse, reduzindo pela metade o número de parlamantares, e supondo que isso pudesse ser feito tanto na Câmara quanto no Senado, teriamos uma economia de aproximadamente R$ 3,1 BILHÃO DE REAIS!!!

Isso dá mais ou menos R$ 17,00 por habitante.

Já que o gasto público com saude é de R$ 0,64 por habitante, veja o que a economia com os parlamentares pode proporcionar!!! (No Brasil, segundo o sindicato dos hospitais de Pernambuco (Sindhospe), "para um gasto total de U$ 600 per capita/ano (em saúde), apenas US$ 300 vêm do setor público. Destes, apenas U$ 150 são investimento federal, ou seja, U$ 0,40 por cidadão brasileiro".)

Daria para multiplicar a verba hospitalar atual por habitante por mais de 26 vezes!!!!

Além disso, teremos menos chance de corrupção, menos poliíticos para controlar.

Divulguem, se concordarem.

Quem sabe a maior obra do Clodovil não será póstuma ?
"

Algumas contribuições:

*** Íntegra da Proposta 280/2008

Faça a sua parte: Não deixe de se Cadastrar para Acompanhamento e, sempre que possível, pressionar para acelerar o andamento.

*** Mais atual: Projeto convoca plebiscito sobre redução do número de deputados

*** Informações sobre custo por parlamentar no Brasil (comparado a outros países)

*** Como são nossos parlamentares...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Dilúvio na Cachoeira do Ouricuri - Um alerta aos aventureiros

Há cerca de 100 km de João Pessoa-PB, após a cidade de Guarabira, entre as cidades de Cuitegi e Pilões, encontra-se a cachoeira do Ouricuri, uma belíssima obra da natureza com uma força de queda revitalizante que serve de lazer para moradores da redondeza e ecoturistas que visitam os interiores do estado paraibano.


Tive a honra de ser apresentada a esse maravilhoso lugar, há uns 2 anos atrás, pelo grande amigo, desbravador e jornalista Wendel Oliveira, que levou meu marido e eu para acamparmos num delicioso final de semana à beira da cachoeira. Na ocasião, não pudemos acampar perto da queda principal, pois não havia banco de areia próximo, apenas pedras, então montamos barracas na entrada da Pedra da Nêga e seguiamos trilha acima para desfrutar o que as quedas tinham de melhor [e mais potente!]. Prometemos voltar diversas vezes para repetir o feito do camping tranquilo e inesquecível, em época de estio para ficarmos mais próximos do vale do Ouricuri. Retornamos sim, muitas vezes, mas apenas para passar um dia... dias agradabilíssimos diga-se de passagem. Meu maninho, meu amado e eu sonhamos muito em poder permanecer pelo menos um final de semana sob o teto de estrelas do lindo vale. Em um desses "domingão de cachoeira" presenciamos alguns amigos de Campina Grande realizando o camping à beira da queda principal para comemorar, inclusive, a união do ilustríssimo Wendel e sua amada Veruza.


No entanto, neste último sábado de aleluia (11/04/2009), quando finalmente pensamos estar prontos para realizar um simples sonho de descanso no vale, não contávamos com a adversidades que poderiam ter sido fatais e impedido, neste momento, a postagem deste relato:


Mário, Fábio, Anisio e eu saimos no sábado da semana santa, cerca de 7 horas da manhã, de carro, rumo a cachoeira do Ouricuri equipados com barracas, câmeras digitais, celulares, roupas e calçados, facas, entre vários outros utensílios que fariam desse final de semana um camping único, seguidos de Simon e André que estavam de moto mas que voltariam no mesmo dia.

O sábado foi excepcional! O percurso rápido e sem percalços, ao chegarmos ao vale da queda principal da cachoeira do Ouricuri, não só o banco de areia estava disponível, como ainda três barracas de outros quatro aventureiros conterrâneos pessoenses que já estavam acampados desde a véspera: André, Chico, Carol e Diego. O dia foi maravilhoso, revitalizante, alegre, radiante, enfim, tudo como esperado. O feijão que meu amor fez estava espetacular e alimentou toda a galera. A cachaça Jureminha do final da tarde estava tinindo com o "tira" de bagos de laranja. E ainda rolou um jantar com um estimulante café com sanduíches de mortadela.

O cair da noite foi particularmente surpreendente, o tempo esfriando aos poucos, ao invés do desejado céu estrelado emoldurando o vale, o que presenciamos foi a formação lenta de nuvens, mas que não nos desapontou. Afinal, tudo era festa depois de um dia perfeito! Porém, com a noite densa, vieram os relâmpagos e trovões... ou seriam rajadas e bombardeios?! Não sei dizer... algo espetacularmente tenebroso, mas não havia chuva e, portanto, não nos intimidamos e resolvemos não bater em retirada de imediato. Nossos conterrâneos já acampados da véspera pareciam receosos, mas compartilhavam da nossa despreocupação à beira da exemplar fogueira construída com esforços conjuntos dos dois grupos.

Rapidamente, o cenário se transformou. Por volta das nove horas da noite a chuva começou fininha e logo engrossou. O rio começou a subir timidamente sobre o banco de areia levando, inicialmente, a fogueira que ficou boiando acesa por algum tempo na água (o que até nos divertiu), até atingir a proximidade das barracas... Neste momento, todos já não se divertiam, todos trabalhavam para suspender todas as barracas, roupas, e equipamentos para as pedras mais próximas. Eu comecei a orar por todos aqueles que podiam estar sendo afetados por aquela pequena cheia. A barraca de Fábio não resistiu a essas manobras... quebrou e ficou só os pedaços suspensos entre algumas rochas (para ser consertada depois...). Já tinhamos visto antes o rio ocultando aquele banco de areia, mas nunca as rochas em que nos abrigamos. Porém, amigos, nunca substimem as mutações sofridas pela Natureza, principalmente, quando o homem já interferiu em seu curso.

Ao suspendermos o acampamento para as pedras, estávamos exaustos e certos de que não seríamos mais atingidos, resolvemos nos alojar, por algum tempo, todos os quatro (Anisio, Fábio, Mário e eu) em uma só barraca, na esperança de uma estiagem próxima para reoorganizar o camping. Findamos cochilando, todos amontoados e moldados à forma da rocha em que estávamos a fim de aguardar "a bonança após a tempestade". Eis que surge o 1º anjo dessa história. André acordou-nos assustado, por volta das 2hs da madrugada:

- Pessoal, precisamos fugir agora! A água está levando tudo!

Imediatamente, os meninos saíram da barraca salvando as mochilas e o que desse pela frente e eu, ainda atordoada, fiquei dentro da barraca tentando juntar o máximo de coisas possíveis na nossa mochila. Foi quando Fábio berrou [isso mesmo, BERROU]:

- Larguem tudo! Bolsas, câmeras, celulares, nada tem valor... vamos salvar nossas vidas!

Mário e eu ainda relutantes em salvar o máximo de "bens materiais" e sem visibilidade o bastante, duvidamos. Foi quando Fábio iluminou com a lanterna a fotografia mais fantástica e inesquecível gravada em minha mente: A CACHOEIRA SE TRANSFORMARA NUMA RAJADA TORRENCIAL DE ÁGUA COMO UMA MEGA TURBINA DE HIDRELÉTRICA COBRINDO TODAS AS ROCHAS!!!

Gritei para que todos saíssem de minha frente, eu era a última dentro da barraca, eu queria sair. Joguei tudo o que podia pra fora da barraca e me arremessei rapidamente. Um minuto depois vi a chuva arrastar a barraca em que dormíamos cansados e sem ter a noção do perigo com tudo o mais que restou (inclusive a câmera digital que não possibilitou eu registrar os fatos por imagens. O mesmo aconteceu com as barracas, câmaras, carteiras e tudo o mais dos nossos companheiros de camping).

Estávamos ilhados no topo das rochas, a água passava por nós com uma força impressionante. Anisio, Fábio e Diego atravessaram primeiro pulando entre rochas que levavam à mata num barranco da trilha pela qual chegamos. A água subia rapidamente. Todos estavam em desesperos e loucos para fugir. A Carol entrou em choque. O restante do grupo estava atrás dela, preparados para pular e ela estancou. Todos gritavam para encorajá-la. Ela não conseguia se mover, foi preciso ser arrancada da rocha pelo namorado e quase escorregava rio abaixo. Anisio e Fábio ajudaram a resgatá-la da água. Com a manobra, o Chico se apressou e também ia descendo pelo rio. Eu o agarrei pelas costas mas eu não tinha forças. Os meninos gritavam pra eu pular e não perceberam o desespero de Chico:

- Me Salvem! Me Salvem!
- Salvem ele primeiro, eu vou atrás!

Chico também saiu derrapando durante o resgate para o outro lado. Eu me atirei em seguida, Fábio, agarrado por Anisio, segurou minha mão, derrapei e também caí na água. Foi a experiência mais atemorizante que já tive na vida. Posso dizer que nesse momento vi a morte acenando pra mim. Fui resgatada. Mário e André vieram atrás com as mesmas dificuldades. Ainda precisamos atravessar diversas pedras que estavam quase que totalmente mergulhadas até chegar à margem do barranco de subida para a floresta do vale. Estávamos em pânico. Ao olhar pra trás, vimos ainda o restante do acampamento sendo arrastado e a rajada de água sendo cuspida cada vez mais intensa.

Era madrugada, estávamos todos molhados, com frio, sem abrigo, sem comida e sem água. Não tinhamos como fugir, pois ainda restava uma travessia do rio para chegarmos à estrada de retorno e o mesmo tinha dobrado de largura e força, inclusive com enormes formações de redemoinhos. Nunca tinhamos visto aquilo... ou coisa parecida de perto. Ficamos apreensivos de a enchente chegar até a trilha do barranco em que estávamos, decidimos sair da trilha e nos embrenharmos montanha acima pela floresta. Engatinhávamos pelo mato, nos arrastávamos em lama, sem conhecimento de outra saída, até subirmos a um ponto que consideramos seguros e nos sentamos pra aguardar amanhecer. A essa altura todos estávamos em choque, porém cada um expressava de forma diferente. Apesar da exaustão, ninguém conseguia dormir. Não havia mais nada seco para nos agasalhar, nada para nos saciar ou alimentar. As lanternas que restaram permaneceram acesas todo o tempo, a espreita de animais e da enchente que ainda não descartávamos chegar até onde estávamos. Orei aos céus pela nossa salvação, pela salvação de outros aventureiros também de João Pessoa que estavam acampados numa parte ainda mais alta (eles tinham, provavelmente, menos chance do que nós, pois as formações de rochas do vale próxima a eles era mais íngreme) e ainda pela vida dos moradores ribeirinhos.

Foi uma noite fria, de choro, desilusão. A nossa manhã de Páscoa demorava a chegar. A expectativa de um resgate era remota. Quando era cerca de cinco e meia da manhã, descemos apreenssivos o barranco até a trilha perdida. Não sabíamos o que podíamos encontrar. Nem se poderíamos sair. A chuva parou mas quando chegamos, novamente, até a travessia para a saída, vimos, à luz do sol, desolados, os estragos da enchente e a impossibilidade de voltar pra casa. Nessa hora, acompanhei o choro de Carol. Surgiram muitas idéias: vamos gritar 'socorro', alguém nos ouvirá; vamos continuar subindo o barranco pela mata até acharmos o topo e possível ajuda; estávamos em desacordo e tentamos de tudo.

Os gritos de socorro surtiram efeito e, nesse momento, entram em cena nossos 2ºs anjos da guarda: os moradores locais Antônio e seu irmão. Gritamos para que nos acudissem. Que chamassem os bombeiros. Eles pouco entendiam dos gritos a distância mas sabiam que estávamos em apuros. Gritávamos e gesticulávamos. Conseguimos avisar que ainda havia um outro grupo ilhado no alto da cachoeira. Pediram, por gestos, para nos acalmarmos que iriam em busca de auxílio. Finalmente, voltamos a ter esperança. Cogitamos resgates fantásticos de helicóptero (essa alternativa excitou a todos, já que nunca tinhamos andado nesse beija-flor metálico), com armações de cordas sobre o rio, entre outras tantas fantasias que nos inflava de expectativa por sair daquele atemorizante episódio.

Os bombeiros não precisaram ser acionados, os moradores eram sábios, destemidos, corajosos e heróis. Enviaram dois moradores locais para o resgate de cada grupo: o nosso e dos companheiros do alto do vale. O nosso guia salvador e 3º anjo da história foi o Geraldo, que, cheio de habilidade, veio cortando caminho com uma foice pela floresta barranco acima, até nos alcançar. Ele nos conduziu por matagais, charcos, margens com pedras deslizantes, trilhas de urtigas e matos cortantes, subidas e descidas, até chegarmos a um local [quase] segura para travessia. Caminhamos por quase duas horas. E ainda precisamos nadar contra uma correnteza (mais fraca, mas desgastante), para chegarmos a trilha final, onde o carro ficou estacionado. Todos atravessaram nadando, Carol foi ajudada pelo nosso guia e ainda pelo Antônio que veio ao nosso encontro para ajudar na travessia.


Tive ainda um súbito ataque de pânico ao me deparar com passagens tortuosas. Mas me tranquilizei, quando no final do trajeto, reencontramos alguns moradores que nos deram as boas-vindas cheias de alegria. O primeiro foi um senhor que morava em um simples casebre no alto e nos contou, entre lágrimas, que ele e toda a sua família passaram a noite sem dormir preocupados conosco. Não me contive. A essa altura eu estava uma manteiga derretida. Trilhando e agradecendo a Deus por estar viva. Por reviver no dia da Páscoa. Por todo o sofrimento que passamos. Por cada um dos moradores que nos cumprimentava e nos oferecia um repouso e comida em suas humildes residências. Pelos diversos Anjos da Guarda enviados pelo Senhor. Pela vida. Por tudo... eu chorava e sorria ao mesmo tempo. Cumprimentava a todo aquele povo acolhedor que nos contava de suas preocupações e orações para que nos salvássemos. Nos contaram que aquilo já era corriqueiro de ocorrer com o rio em caso de chuvas, pois havíam barragens rio acima que tinham suas comportas liberadas em caso de perigo de transbodarem. Há três anos tinham orientação para não manterem animais às margens dos rios em caso de ameaça de chuva. Ouvimos conselhos e recomendações. Avistamos por uma trilha mais alta ainda o resgate do segundo grupo no final de nosso percurso.


Quando chegamos no estacionamento, encontramos ainda Tiago, Denise e Saulo que tinham acabado de chegar para curtir o domingo de Páscoa na cachoeira, ainda alheios a tudo o que havia acontecido. Todos falavam de uma vez, contando nossa história fantástica, surreal, inacreditável. Tiago e Denise ficaram tristes pois iriam conhecer a famosa Cachoeira de Ouricuri naquele dia, mas compreenderam, se resignaram, e prestaram ainda mais socorro a todos nós com vários subsídios, tornando-se ainda os últimos anjos dessa nossa longa jornada, já que o carro deles serviu para dividir o grupo parceiro que tinha perdido tudo e não tinham dinheiro para voltar. Graças a vinda deles foi possível colocar dois, André e Chico, em nosso carro e ainda encaixar o Diego e Carol no carro deles.

A viagem de retorno foi exausta. Com muito sono. Mas cheia de reflexão. Finalmente, era Páscoa. Havíamos revivido e eu pensaria muito ainda sobre tudo isso.

Deixo esse relato ainda como um alerta: fomos ingênuos, desinformados, despreparados para essa empreitada. Aventurar-se é bom e salutar, desde que com segurança e conhecimento suficiente. Antes de encarar qualquer nova empreitada pela natureza, informe-se, investigue, analise, previna-se. Os fenômenos mais fortes da natureza são imprevisíveis mas quando ocorrerem, em caso de exposição, esteja atento para os sinais.

Não entre em trilhas desconhecidas. Procure sempre uma pessoa que conheça a região. E quando iniciar o passeio avise alguém o horário e o local que será visitado. Desta forma, ficará mais fácil conseguir ajuda em caso de emergência.

Procure se informar das regras ambientais do local visitado.

E lembre-se sempre do lema do ecoturismo:

Da natureza nada se tira, a não ser fotos. Nada se deixa, a não ser pegadas.
Nada se mata, a não ser o tempo. Nada se leva, a não ser recordações.