terça-feira, 1 de maio de 2012

Descobrindo um mundo em mim...

Sou uma pessoa ansiosa por definição. Chega a ser difícil concluir idéias por tantas caraminholas reticentes. Eis o que acontece: há cerca de quinze dias me descobri grávida! Em vez de permanecer em reflexão ou em estado de mansidão, me tornei agora um turbilhão. São tantas dúvidas, tantas respostas desconcertantes, minha intuição aflorada me pede cautela, porém sigo acelerada, 'ligada na tomada' como diriam alguns.


Desde a infância tenho a ânsia pelo futuro, pelo que há de vir ou o que irá acontecer logo a seguir. Não me contento com o presente e,  nesse caso, um misto temporal de fatos da vida me assomam. O presente, nesta dádiva tão querida que Deus me concede, se apresenta como único, exclusivo, determinante de tudo o quanto posso ter nas minhas mais remotas lembranças. Por outro lado, me sinto surpreendida em concentrar nas possibilidades não mais minhas, mas deste delicado ser que me acaricia pela singela vida que se nutre em mim.


A clareza da minha razão me permitia compreender essa tênue relação de amor que há entre pais e filhos, mesmo sem ainda conhecer a perspectiva dos primeiros. Talvez num ensaio... mas não como protagonista. No entanto, eis sentimentos que estavam alheios à minha lucidez! Ainda nem se figurou por completo, tal como minha realidade poderia descrever, e este ser ainda comparado a um embrião (ou cavalo-marinho, como prefere uma amiga :)) revela o mais incompreensível e absoluto Amor que faz esse mundo em mim fazer algum sentido.


Estas divagações parecem as mais ingênuas e óbvias para qualquer mulher que um dia anseia ser mãe, e eis que há uma nova descoberta da nulidade de tudo o que imaginei saber até hoje. Resta apenas você, meu serzinho, filhinho ou filhinha, que Deus conceda uma vida saudável e justa. Amém.




2 comentários:

Candice disse...

owwwwwwww, amiga, acho que esse sentimento de arrebatamento é nosso, meu e de tudo o que é mulher que se precebe mais mulher ainda quando descobre que tem uma borboletinha batendo asas dentro da gente.
Fico imensamente feliz de estar dividindo esse momento contigo, sendo autora e leitora de meus dias que estão, muito claramente, iguais aos seus.
Sempre fomos parceiras e esse momento talvez seja o maior de todos em nossa amizade de quase irmãs...
As dúvidas aparecem, a gente tem medo, mas depois tudo parece passar e fazer sentido, se encaixando nas entrelinhas que são formadas em nossas palavras.
É assim que me sinto hoje: arrebatada!

Bia Fena disse...

To tão feliz com tudo que está acontecendo que o temor chega a ser um delicioso combustível para tanta euforia!!!

É uma maravilha compartilhar contigo desses sentimentos tão intensos... Que esse arrebatamento seja o vigor que necessitamos para os momentos mais difíceis.. Um Xêro grande